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      Instituto de Qu�mica - UNICAMP
              Em certas �reas, como a
      Qu�mica, a pr�tica de ensino pode ser favorecida pela experimenta��o como ferramenta
      instrucional. A aprendizagem de muitos conceitos qu�micos � favorecida quando ocorre
      abordagem experimental e este aspecto deve ser aproveitado como agente facilitador da
      intera��o professor-aluno embora represente dificuldades de ordem material que tornam a
      experimenta��o proibitiva em escolas com poucos recursos. � importante avaliar como a
      utiliza��o do computador pode contribuir no processo educacional j� que na tentativa de
      contextualizar a teoria e a pr�tica no ensino de Qu�mica, a utiliza��o de recursos
      computacionais nas aulas pode representar uma alternativa vi�vel. Programas de
      simula��o podem orientar a tomada de decis�es nos experimentos, situa��o que favorece
      muito a compreens�o dos conceitos qu�micos.
              Pretende-se relatar neste
      trabalho, a experi�ncia da utiliza��o de programas de inform�tica no ensino m�dio de
      uma escola p�blica de periferia. Considerando o aspecto instrucional do uso do computador
      no ensino de Qu�mica, foi utilizado um programa, o Model ChemLab 1,
      para simular as atividades experimentais de aulas pr�ticas em um "laborat�rio
      virtual". O programa did�tico relacionado ao ensino de Qu�mica, o Model
      ChemLab 1, � um produto comercial de baixo custo, que requer
      configura��es pouco sofisticadas e algumas adapta��es para o idioma portugu�s.
      A utiliza��o deste recurso did�tico tamb�m pretendeu atender a necessidade de
      proporcionar uma m�nima no��o de inform�tica a estudantes de escolas p�blicas.
              O projeto foi aplicado em
      uma escola p�blica de ensino m�dio da periferia de Campinas - SP, durante
      1999. Nesse per�odo, foram feitas diversas visitas � escola com o objetivo de coletar
      dados para a elabora��o do material que viria a ser utilizado. O n�vel de conhecimento
      na �rea de inform�tica dos professores e dos alunos foi medido atrav�s de
      question�rios que orientaram a cria��o de apostilas e manuais de modo que tanto alunos
      como professores fossem minimamente habilitados com rela��o ao uso dos recursos de
      inform�tica que seriam introduzidos. Um treinamento r�pido com as professoras para
      familiariza��o com o programa foi realizado e permitiu o desenvolvimento da atividade em
      condi��es satisfat�rias. Detectou-se poucos estudantes j� haviam utilizado um
      computador, seja para lazer ou trabalho e que a maioria absoluta tinha interesse em
      participar da atividade did�tica de Qu�mica usando computador pela oportunidade de
      receber treinamento em inform�ticas mas totalmente conscientes do objetivo maior que era
      aprender Qu�mica com mais esta ferramenta instrucional.
              A adapta��o feita no
      "Chemlab" envolveu a tradu��o para o idioma portugu�s, levando em
      considera��o as dificuldades dos alunos e professores detectadas nos question�rios. O
      conte�do das novas atividades criadas para simula��o foi baseado nas apostilas
      utilizadas como material did�tico de apoio das aulas.
              A escola onde a proposta foi
      aplicada tornava dispon�vel apenas um micro-computador modelo Pentium para atividades
      did�ticas e foi adequadamente suficiente para a utiliza��o do "Chemlab",
      mediante a adapta��o de um conversor para exibi��o do conte�do do monitor do
      computador na tela de uma televis�o de 29 ". As aulas foram organizadas em
      turmas com cerca de 30 alunos divididos em grupos de 3 integrantes, garantindo o acesso de
      todos os alunos ao computador, enquanto os demais acompanhavam a atividade assistindo a
      televis�o.
              Os resultados obtidos com a
      introdu��o do material desenvolvido foram excelentes, de modo que o rendimento das aulas
      e o interesse dos alunos aumentaram. O desempenho dos alunos na avalia��o bimestral
      aplicada pelas professoras respons�veis pela disciplina de Qu�mica melhorou e as
      respostas ao question�rio aplicado aos estudantes ap�s a realiza��o das atividades
      foram muito positivas, tanto no que diz respeito ao aprimoramento do ensino de Qu�mica
      como tamb�m na introdu��o da inform�tica na escola. Neste aspecto, a atividade foi
      muito valorizada pelos estudantes que, em sua maioria, nunca haviam utilizado computador e
      tinham essa expectativa at� tendo em vista qualifica��o profissional. 
              Pode-se notar que a
      utiliza��o de computadores em aulas de Qu�mica � vi�vel considerando-se aspectos
      relacionados ao conte�do da disciplina, capacita��o de professores e adequa��o dos
      recursos de inform�tica empregados e pode ser aplicada com resultados positivos sem
      necessidade de grandes investimentos. 
      Refer�ncias:
      
        - http://www.modelscience.com 
- VII Simp�sio Brasileiro de Inform�tica na Educa��o.